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Segunda-Feira, 22 de Julho de 2019 - Hora:15:10

Tartarugas voltam ao mar após tratamento no Aquário de Santos

Animais estavam engasgados com anzóis; há outros 14 sob cuidados dos veterinários e biólogos do local

 

Depois de passar quase um ano por tratamento no Aquário de Santos, duas tartarugas-verdes (Chelonia mydas) foram soltas, no sábado (13), no Parque Estadual Marinho da Laje de Santos, a cerca de 40 quilômetros da costa. A ação foi coordenada pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, Fundação Florestal e Secretaria do Meio Ambiente de Santos.

 

“Os dois animais foram encontrados próximo ao litoral de Santos, engasgados com anzóis. Ao serem examinadas, constatamos que apresentavam tumores (fibra papillon) e foi necessária uma cirurgia a laser para a retirada dos tumores”, segundo o veterinário Gustavo Pereira Dutra.

 

O coordenador de Fiscalização e Biodiversidade da Secretaria, Sérgio Marçon, reconheceu a importância do trabalho de resgate e reabilitação das tartarugas, realizado pelo Aquário de Santos. “São tartarugas que estavam condenadas por ingerirem todo tipo de lixo jogado no mar, sobretudo materiais de pesca. A soltura em nossas áreas naturais protegidas é o objetivo final e muito gratificante para todos nós”, afirmou.

 

Parque Estadual Marinho Laje de Santos

O Parque Estadual Marinho Laje de Santos foi criado em 1993, sendo o único Parque Marinho do Estado, e um dos principais pontos de mergulho e fotografia submarina do país. Seu objetivo é assegurar a proteção integral dos ecossistemas marinhos.

 

A área dista cerca de 22 milhas náuticas da costa e inclui a Laje de Santos, parcéis e os rochedos conhecidos como Calhaus, totalizando 5.000 ha de área preservada. A Laje de Santos possui 33 metros de altitude, 550 metros de comprimento e 185 metros de largura máxima. Seu formato que lembra uma baleia, praticamente não possui vegetação e abriga uma grande quantidade de aves marinhas, como: atobás-marrons e trinta-réis, que utilizam o local como área de reprodução e descanso.

 

Várias dessas aves encontram-se na listagem de fauna brasileira ameaçada de extinção. O Parque faz parte da rota de várias espécies migratórias e é uma importante área de alimentação. Muitas delas são protegidas por convenções internacionais, como as baleias-de-bryde, as raias-manta e as tartarugas marinhas.

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