Aos artistas da região, o sábado (18) promete! Em Santos, acontecerá a Oficina Produção de Memória do Artista, das 10h às 13h, com inscrições pelo link https://forms.gle/NyaRnegKKbNW17fE9 e instagram @palhacameleca. O projeto é um dos contemplados no edital do ProAC (Programa de Ação Cultural do governo estadual de São Paulo).
Após seis meses de montagem, Yvie está pronta para lançar a obra repleta de memórias e elementos tradicionais do circo, para dar vida à nova história da palhaça Meleca. Desta vez, ela representa uma mecânica que fica extasiada ao encontrar uma raridade: a carrinha de corrida que sempre foi fã e agora precisa de vários reparos. A obra mostra a missão da palhaça em recuperar o veículo, que se desenrola com muitas cenas engraçadas. Não faltam dança e comicidade física na obra que termina com Meleca pilotando a carrinha numa corrida cheia de emoção.
Quando o número termina, Meleca dá vez para a Yvie bater papo com o público sobre a inspiração deste número e a importância da palhaçaria e do circo como elemento cultural a ser preservado. “Através da arte circense, procuro misturar tradição e contemporaneidade ao meu ofício de mulher palhaça. Sempre reverenciando quem veio antes.” explica a artista.
Yvie investiu em pesquisas de números clássicos para descobrir referências perdidas ou esquecidas ao longo do tempo, como técnicas e ensinamentos da cultura oral que eram populares no passado e hoje em dia pouco praticadas. “Isso pode ajudar a enriquecer o repertório dos artistas circenses e a incentivar a pesquisa e a experimentação dentro do universo do circo”, acrescenta a atriz.
Oficina memorável - Em Santos, a arte-educadora ministrará a oficina ‘Produção de Memória do Artista Circense’. Será no dia 18 de maio, das 10h às 13h, com oferecimento de 30 vagas. A aula acontecerá na Fábrica de Cultura para artistas, pesquisadores, estudantes de artes cênicas e interessados em geral, que tenham mais de 15 anos. Inscrições podem ser feitas pelos links https://forms.gle/NyaRnegKKbNW17fE9 e do instagram @palhacameleca
Na oficina haverá análise da metodologia de registro da memória biográfica de circenses tradicionais brasileiros e da própria oficineira, com o processo de montagem de seu espetáculo solo de rua e da produção independente do Festival Circo de Rua - Rio das Ostras. Os participantes farão análises de livros de memória e autobiografias de circenses tradicionais do Brasil, estudarão exemplos de diários de bordo, conceitos sobre o papel do narrador e de protagonismo da própria história.
No aulão, os interessados serão convidados a escolher e aplicar os recursos para serem os autores da sua própria narrativa e colocar em prática os conceitos estudados. O objetivo é que os participantes sejam estimulados a produzir seus próprios materiais biográficos e, desta forma, garantir a perpetuação de suas contribuições para a História. “Ao promover a palhaçaria e o riso como formas de transformação social, estamos valorizando a cultura popular e as artes, e contribuindo para a construção de uma sociedade mais inclusiva e vibrante”, comenta Yvie.