No dia 9 de outubro, das 10 às 14h, quem for ao CEU Vila Nova (Rua Guaracui s/n) terá a oportunidade de assistir “Magavilha”, que começa seu projeto de circulação pela cidade de Registro. Com mais de 30 apresentações de Norte a Sul do Brasil, e uma esticada até a Itália, a atriz Iris Fiorelli está na estrada com o espetáculo "Magavilha” desde 2011.
Tudo se passa em um ambiente minimalista amparado por uma trilha sonora executada ao vivo e especialmente desenvolvida para o espetáculo pelo músico Edézio Aragão. Elementos rítmicos do nordeste brasileiro e melodias circenses tradicionais revelam as nuances desta trama simples, em que a plateia é constantemente convidada a participar de forma direta na construção do espetáculo.
Em cena, uma mulher vestida de rosa espera o início do show de um mágico que não aparece. Curiosa, ela mexe na mala do mesmo, encontra uma garrafa, bebe a mistura de seu interior e, num instante, se transforma na protagonista do espetáculo em que apresenta números de mágica e dança recheados de comicidade.
Como a vida imita a arte e a arte imita a vida, o espetáculo “Magavilha” nasceu para ser encenado pelo companheiro de Íris na época, como mágico, e ela, como ajudante, “a mocinha que saía da plateia e que gostava dele”, segundo a artista. “Já tinha aprendido os truques, já tinha a roupa e, quando me separei, criei uma adaptação em que me tornei a protagonista”, conta Iris. Tanto na vida real como na cena, Íris se tornou a personagem principal. Dessa forma, o espetáculo leva ao público uma importante mensagem: é fundamental cada um ocupar e exercer o papel central na própria vida, confiar e ter coragem é a verdadeira mágica para as pessoas seguirem os sonhos. E o fato de termos uma palhaça mulher em cena também fortalece a relevante questão do poder feminino, para que as meninas estejam onde quiserem.
E ATENÇÃO!!! |
Outra reflexão interessante que “Magavilha” pode provocar é que nunca estamos sozinhos. No primeiro momento, Carmela se apresenta, mostra seu lado ridículo fazendo jus ao papel social dos palhaços e conquista o público; no entanto, no segundo momento, o show começa a ganhar potência na medida em que a artista vai chamando o público para participar, para criar e se divertir junto.
Nas oito cidades, as apresentações serão seguidas de debate, aproximando o fazer artístico do cotidiano e das questões que o espetáculo desperta, além de promover a formação de plateia. As apresentações serão realizadas em escolas ou outras instituições públicas de cada município, visando alcançar um público carente de atividades culturais. A expectativa é que o projeto alcance cerca de 2 mil pessoas.
A circulação do espetáculo Magavilha é realizada pela Cia. Las Titis com o apoio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo.